"Já nao vejo a direito" disse ele "mas apenas de forma ligeiramente oblíqua".
Os carros e as pessoas passam por mim na rua a uma velocidade vertiginosa.
Não que eu tenha parado, mas talvez apenas abrandado, ligeiramente.
Preso no terno abraço da noite fria de Outono,
vejo de súbito o perfil do teu rosto,
recortado contra a ténue luz lunar completa.
Tudo em mim se incendeia,
como um milhão de pérolas cintilantes
sob a espuma que se quebra contra a areia...
Esta noite vou encontrar-te no mar e singrar.
bar in http://blogdosbar.blogspot.com
15 novembro 2007
14 novembro 2007
Asa Vermelha
"Me vejo construindo um castelo no mar,
os peixes de longe me olham,
partiu agora mesmo uma caravela, disse-me o tio,
os mastros altos a brilhar ao sol.
Uma menina loira vem ao pé de mim com um gelado,
meu castelo tem pátios de areia,
vou quebrar o meu castelo para ver o futebol.
A asa vermelha tem a ver com o pôr-do-sol.
Estou a ver o pôr-do-sol, a praia ficou tão brilhante,
os navios são pássaros de fogo,
vermelho é o meu espanto.
Eu nunca passo pela rua torta sem me admirar,
cada prega da rua tem um rosto preciso,
por ela já passaram tantas pessoas,
e nela recupero o meu olhar."
Gen Sem Fronteiras in O Cais, 1996
os peixes de longe me olham,
partiu agora mesmo uma caravela, disse-me o tio,
os mastros altos a brilhar ao sol.
Uma menina loira vem ao pé de mim com um gelado,
meu castelo tem pátios de areia,
vou quebrar o meu castelo para ver o futebol.
A asa vermelha tem a ver com o pôr-do-sol.
Estou a ver o pôr-do-sol, a praia ficou tão brilhante,
os navios são pássaros de fogo,
vermelho é o meu espanto.
Eu nunca passo pela rua torta sem me admirar,
cada prega da rua tem um rosto preciso,
por ela já passaram tantas pessoas,
e nela recupero o meu olhar."
Gen Sem Fronteiras in O Cais, 1996
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