Na ausência do peso, flutuamos por aí ao sabor da fragilidade das nossas efémeras existências. Bastaria um sopro mais forte ou um movimento mal calculado para que nos despedaçássemos contra o vidro e o aço das torres erguidas ao céu.
Queres abraçar o mundo inteiro em simultâneo, mas a cada momento que passa perdes-te mais do tempo, como a areia que se escapa traiçoeira entre os dedos das tuas mãos.
E já não podes voltar à casa donde um dia partiste à aventura. O tempo fechou-se atrás de ti, ocultando o caminho do regresso por toda a eternidade.
11 dezembro 2007
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