11 dezembro 2007

O tempo

Na ausência do peso, flutuamos por aí ao sabor da fragilidade das nossas efémeras existências. Bastaria um sopro mais forte ou um movimento mal calculado para que nos despedaçássemos contra o vidro e o aço das torres erguidas ao céu.

Queres abraçar o mundo inteiro em simultâneo, mas a cada momento que passa perdes-te mais do tempo, como a areia que se escapa traiçoeira entre os dedos das tuas mãos.

E já não podes voltar à casa donde um dia partiste à aventura. O tempo fechou-se atrás de ti, ocultando o caminho do regresso por toda a eternidade.